Agenda: 25 e 26 de Abril de 2009 - Curso de Identificação de Cogumelos

Local: ISA, Lisboa
Inscrição: 40 Euros com oferta de 
kit de produção do cogumelo

E-Book: adicionado o Manual do Arquitecto Descalço (parte 1 e parte 2de Johan van Lengen.(Português do Brasil)

Este E-Book é uma visão descomprometida e simples da arquitectura Bioclimática e é acessível a todos. Ainda não o li todo e não paro de aprender coisas novas. 

Keywords: Arquitectura Bioclimática, Construção, Sustentabilidade
Docs: adicionado uma brochura sobre Recuperação da Floresta após o Fogo -.(Português)

Keywords: Incêndios, Recuperação de Ecossistemas

Numa altura em que ardem fora de época algumas das mais importantes áreas protegidas do país, parece-me oportuno recuperar uma brochura de 2007 sobre o grande incêndio da Tapada Nacional de Mafra de 2003.

Este documento tem origem no ISA - Institudo Superior de Agronomia -  e debruça-se sobre a recuperação pós-fogo das áreas florestais, indicando algumas estratégias e respostas adaptativas de plantas e animais nestas condições. 

Lembro-me do Gonçalo Ribeiro Telles dizer numa conferência que a única floresta que ainda existe em Portugal é a do Capuchinho Vermelho e que o resto são monoculturas de Pinheiro e Eucalipto e algumas formações de mata.  É verdade.
Arrisco-me a dizer que os incêndios que lavram no país, nomeadamente na Mata da Albergaria, não são apenas alimentados pela celulose dos carvalhos. Nem mortos os Garranos apenas pelos chumbos das caçadeiras. Há qualquer coisa neste país que foi esquecida e que hoje, fechadas mais duas linhas ferroviárias no interior, mais esquecida ficará.
Há menos de um ano estive pelo Gerês. Percorri a pé a Gueira Romana no coração da Mata da Albergaria e fiz os 7 kilómetros de ZPT (Zona de Protecção Total) até às minas dos carris, onde a PJ encontrou indícios de fogo posto.

Lagoa dos Carris

Antes de subir e ainda na Portela do Homem lembro-me de conversar com um homem que me dizia que isto - a floresta - não serve para nada! Mais valia que ardesse. E lembro-me de pensar na altura no desespero daquela gente. No abandono. Lembro-me de um Parque Nacional e de uma gestão a cargo do ICNB que da cultura e das pessoas pouco quer saber e de um país de costas voltadas para si mesmo.

Parece-me que neste, como em muitos casos de fogo posto, não são interesses obscuros nem instintos piromaníacos a pegar fogo às nossas matas mas sim o mais puro e triste esquecimento e a mais silenciosa solidão.




E-Book: adicionado o Manual de Horticultura de D.G. Hessayon.(Espanhol)

Este E-Book tem a vantagem de apresentar fichas de culturas bastante detalhadas, bem como informação de algumas aromáticas relativamente raras.

Keywords: Agricultura

AS FAVAS (Vicia faba)

José Miguel Fonseca

Planta herbácea proveniente da extensa família das leguminosas, agora renomeada Fabacea, é das culturas mais antigas, importante alimento desde a Idade da Pedra, era bastante apreciada pelos antigos Gregos, Egípcios e Romanos assim como em muitos países do Médio Oriente. A fava tem origem incerta, no entanto, admite-se que seja da região do Cáspio e Norte de África, é uma planta perfeitamente adaptada a climas mediterrânicos, onde tem um papel preponderante na dieta, especialmente no início da Primavera, quando existe pouca diversidade nas hortas, com a vantagem de ser muito rica em proteínas e hidratos de carbono embora pobre em vitaminas, contendo somente a B em quantidade moderada.

Ilustração da planta da fava com frutos 

A planta adulta forma um ou vários caules de tamanho variável que pode atingir em certas condições um metro e oitenta centímetros de altura. As hastes têm forma quadrangular com várias e curtas ramificações, as folhas são grandes, alternadas, compostas por um a três pares e possuem cor verde acinzentada. Têm flores muito grandes, irregulares, de cor toda branca ou manchadas com pintas pretas e matizadas de castanho ou roxo, algumas variedades apresentam-se com a cor vermelha carmesim. As vagens são alongadas, cilíndricas, por vezes achatadas, inchadas de comprimento indefinido, nas variedades forrageiras é apenas de seis a oito centímetros, por outro lado nas de mesa a dimensão pode atingir vinte ou mais centímetros. A casca é espessa, macia, lisa no exterior e felpuda no interior, onde aloja consoante a variedade quatro a nove sementes de tamanho incerto; pequenas e redondas nas variedades forrageiras, grandes e achatadas nas de mesa. Possuem textura tenra e carnuda quando verdes, tornam-se rijas e espalmadas na maturação completa, têm cor amarela palha, esverdeada, roxa ou negra. O olho ou umbigo é largo e coberto por uma rígida sobrancelha, facilmente removível.

 

Cultivo

A sementeira das favas é feita preferencialmente nos meses de Outubro, Novembro nas zonas mais temperadas, Fevereiro e Março nas frias e montanhosas. Semeia-se directamente em talhões previamente utilizados para uma cultura exigente, por exemplo: milho, couve, girassol ou cereal. Convém espaçar bem as plantas para facilitar o arejamento necessário para obter uma alta percentagem de flores fertilizadas e vingadas sem problemas de origem fúngica. As sementeiras realizadas em Outubro ou Novembro convém sachar ao atingirem dez centímetros de altura, para eliminar a concorrência das ervas e ao mesmo tempo amontoá-las para protecção contra as geadas, no caso de serem extremas podem queimar as folhas mas não o caule enterrado, este reage quando do aumento de temperatura e rapidamente se desenvolve. É uma cultura de sequeiro por excelência, salvo se forem semeadas tardiamente e a Primavera decorrer seca, nessa situação convém regá-las ou fazer nova amontoa seguida de um bom empalhamento. O ciclo da fava é anual, prolonga-se durante quatro a cinco meses e meio no caso de se realizar a

sementeira na Primavera, seis a sete meses para as de Outono. A germinação ocorre com temperaturas entre os cinco e os sete graus centígrados, a floração necessita de oito a dez graus, sendo quinze graus a mais adequada. Devem ser semeadas à profundidade de cinco a sete centímetros, após escolha dos melhores grãos, eliminando os partidos, muito furados ou disformes, em linha a lanço ou em covachos, distanciando os regos ou covachos quarenta a sessenta centímetros. As favas são frequentemente vulneráveis aos piolhos que atingem as pontas viçosas das plantas sufocando-as e como consequência atrofiando e parando a prolongação da parte vegetativa. Para evitar tal situação recorre-se à desponta; removendo a vegetação apelada de «cruta» acima da penúltima flor, este procedimento também estimula a formação de fortes vagens, terminando a fluidez da seiva para as pontas, re-dirigindo-a para as partes inferiores da planta, estimulando a frutificação. A colheita prolonga-se entre quatro a cinco semanas, ao fim das quais a planta começa a secar mudando progressivamente da cor verde para o negro. A recolha das vagens secas deve ser efectuada durante a manhã para não as abrir com o manuseamento, este procedimento é mais importante se toda a planta for colhida.

 

Plantas de favas já crescidas

Variedades

A erosão genética deste género é elevada e a promiscuidade entre as variedades ainda maior. Existem algumas variedades portuguesas muito interessantes, do ponto de vista agrícola e culinário, especialmente na zona sul do território. O Algarve é a região com mais tradição no cultivo desta espécie, por esse facto também é a que possui maior número de variedades conhecidas: a mais conhecida é a Algarvia, de vagens curtas, grãos achatados e curtos. A Assária ou comum, variedade do sul do Tejo, muito produtiva com numerosos afilhamentos, tem a particularidade de as vagens se orientarem de forma ascendente, vagens medianas com seis a oito grãos, de cor amarela-palha, grossas e alongadas. A roxa também Algarvia, produtiva, afilhamento mediano, vagens de tamanho moderado, grão grande de forma muito\achatada de roxo intenso quase negro, é variedade extremamente precoce, com paladar adocicado e de rápida cozedura.\Mais a norte temos algumas variações das\anteriormente descritas, além destas aparece\a Sete Bagulhos na região do Alentejo, a Saloia na região de Lisboa e concelhos próximos, a Cornicha para norte do Tejo, a Fava em Foz Côa, além de outras menos conhecidas e muito localizadas. Nas Ilhas há conhecimento de duas variedades Açoreanas, ambas em S. Miguel: a Grada como o nome indica é de grande calibre e a Três Luas de menor dimensão embora seja planta muito vigorosa e produtiva. As variedades forrageiras portuguesas cultivadas presentemente incluem apenas duas reconhecidas como tal: a Ratinha pequena e arredondada é utilizada para a alimentação animal e siderações, a outra é a Faverola naturalizada pela sua prolongada existência entre nós é de origem francesa, também utilizada para os mesmos fins da anterior.

 

Polinização

Apesar de se auto-polinizarem as flores das faveiras são muito atraentes para a maioria dos insectos activos nessa função e visitam-nos assiduamente provocando facilmente hibridizações só colmatadas através de um afastamento físico entre variedades de pelo menos oitocentos metros, a sementeira escalonada também pode evitar cruzamentos indesejáveis, tendo em conta o período de floração que se prolonga por quatro ou mais semanas. Além destas práticas, para pequenos cultivos pode-se recorrer a redes anti- insectos ou jaulas apropriadas, finalmente a alternativa mais segura será semear uma variedade por ano durante o período indicado de viabilidade da semente.

 

Obtenção da semente

Para efeito de obtenção de semente, as primeiras vagens são as preteridas, mais vigorosas e férteis. Malhar as vagens depois de bem secas e estaladiças, remover toda a matéria orgânica , através de joeira e crivos, escolher os melhores grãos, aqueles que não se apresentam partidos ou rachados, com as características da variedade, eliminar os outros, estes podem ser utilizados para transformar em farinha ou para a confecção de sopas e cozidos. Depois de limpas, secar novamente para retirar alguma humidade ainda presente, espalhando-as em sítio quente e arejado fora do alcance dos raios solares, ou no máximo por períodos muito curtos. Antes de armazená-las, convém utilizar alguma forma de desinfecção com o intuito de eliminar os ovos de parasitas, geralmente alojados em maior ou menor quantidade: uma delas é levá-las ao congelador durante quarenta eoito horas , no mínimo, retirá-las e secar novamente, armazenar em recipiente de lata ou vidro de preferência em lugar seco, escuro e fresco. Existem também algumas técnicas artesanais, embora eficazes no sentido de prevenir ataques de parasitas durante a conservação prolongada: uma delas é a utilização da planta espontânea chenopodium ambrosioides) vulgarmente conhecido por Erva Formigueira entre outros nomes, ao armazenar as favas colocar pedaços desta erva misturando-a com os grãos, esta receita foi anteriormente descrita em pormenor no boletim número oito. Outro modo de conservação presenciado e aparentemente com bastante êxito, é idêntico ao anterior só alterado pelo uso de outra planta, neste caso pedacinhos de malagueta bem seca, aqui é importante que o invólucro seja estanque e com a mínima entrada de ar.

E-Book: adicionado o Sustainable Agriculture de John Mason.(Inglês)

Este E-Book é o que mais se apróxima com os conhecimentos transmitidos ao longo curso de Agricultura Biológica da AGROBIO que recentemente frequentei, ainda que acrescente algumas das práticas da Permacultura e da Bio-dinâmica que considero úteis.

Keywords: Agricultura
Guia Prático: adicionado um Curso de Permacultura pelo Bill Mollison.(Inglês)

Keywords: Permacultura
Guia Prático: adicionado um Guia de Indentificação de Cogumelos Silvestres.(Português)

Keywords: Micologia, Cogumelos